domingo, 13 de dezembro de 2009


Do começo ao fim

Depois de conhecer a maravilhosa Zupi e comer uma torta com geleia de amoras eu só pensava no que o filme poderia fazer para superar esse meio de tarde delicioso. Mas eu não sei bem "porcardique" eu ando me enganando tanto.
Fui com a minha mais fiel companheira de filmes, dona Georgina, e compramos um ingresso para o filme do Almodôvar para marotamente entrar na sala proibida para menores de "Do começo ao fim". Eu e dona Georgina nos perguntamos até hoje: O que nos fez não assistir o filme do Almodôvar?
Do começo ao fim ou do fim ao começo, tanto faz, o que importa é que o filme de trás para frente é a mesma coisa de frente para trás. É um clima estranho aonde o mundo é perfeito, o amor é perfeito e nada atinge os dois irmãos milhonários. Todos aceitam muito bem o relacionamento entre os dois, a mãe morre, o pai é uma mosca morta e mesmo distantes eles se amam loucamente naquele mundo cor de rosa.
Cheguei a comentar com Georgina que o filme era como um conto de fadas depois do "felizes para sempre". Depois da desgraça toda sabe? Quando a princesa vai pro castelo e fica rica, linda e poderosa entende? Foi justo isso. Os irmãos se amam, vivem em uma mansão isolada, todos aceitam os dois, não há relações com o mundo externo, e a única vez que um deles tenta se relacionar com "o mundo de fora", acaba dando errado.
Se fosse só esse clima estranho e essa história de amor que extrapola o nível de fantasia das normais, eu até acharia...fofo. Mas aí entra a parte dos cortes, que são feitos sem mais nem menos e acabam fazendo do filme, um trabalho de corte e colagem, coisa do tipo: "Peguei vídeos no YouTube e pus um atrás do outro". Quem não acredita em mim faça o seguinte: Veja todos os vídeos sobre o filme no YouTube em uma ordem qualquer, e depois se atreva a assistir o filme nos cinemas, a diferença é nenhuma, acredite.
Não vou nem comentar sobre a atuação dos protagonistas porque não tem como comentar sobre aquilo. As vezes eles são ótimos, outras vezes eles, como atores, são ótimos padeiros.
Fui ao cinema pensando que fosse ficar desconfortável com o tema perturbador, mas o que me deixou mal foi o trabalho desses atores, infelizmente.
Apesar de todos esses pesares, é um filme corajoso e pela coragem, eu dou ao filme três pontinhos; porque três é um número místico, e só misticismo, fantasia e ilusão combinam com essa história.

2 comentários:

  1. Pois é... foi como eu disse pra você, eu dou crédito pela coragem de terem abordado esse tema e por terem tirado o foco dos filmes brasileiros da violência, xingamentos e drogas. O filme está longe de ser perfeito, mas é um primeiro passo. Não é de todo ruim, mas é bom de se ver. Concordo que é bem fantasioso e tal, mas acho legal a abordagem da relação amorosa, desse sentimento que, atualmente, parece perdido.

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  2. millo millo é um filme sobre incesto? o-o
    dels que coragem pra ver, eu acharia meio desconcertante, se é que me entende :P

    beijos :**

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