domingo, 13 de dezembro de 2009



Tinha que ser você


Voltando do meu centro que fica do outro lado da cidade, encontro em frente ao lap top, Mariana e dona Georgina, loucas para encontrarem um horário bom de filme já que elas não tinham nada para fazer. Eu iria ficar cuidando da mala mais nova enquanto as duas iam se divertir. Pensei um pouco e sugeri que alugassêmos um filme, já que os horários estavam muito em cima da hora.
Estávamos todos sem saco e com muito calor naquele dia, então decidimos pegar algo com um título bobo, com uma história boba e com uma capa mais boba ainda. Pegamos então "Tinha que ser você". Segundo Mariana, é um filme de uma história de amor que só acontece na telinha. Mas mesmo assim alugamos.
Comi um quiche de queijo, um pão com provolone e uma taça de sorvete para aguentar o filme, e descobri lá pelo meio, que Dustin Hoffman consegue ser muito bom mesmo em romances bobinhos.
Sim, o filme era bobinho, mas é aquele tipo de filme que te faz suspirar no final e dizer "Que lindo gente!". É fofo, é agradável. Trabalha super bem a questão do pai ausente que deseja uma segunda chance com a família e com o coração. Sim, é uma frase idiota essa última, mas é o que eu achei para traduzir o filme.
Emma Thompson vive uma mulher neurótica com uma mãe mais neurótica ainda, e que, da mesma forma que o personagem de Dustin, ela esta sozinha.
No mesmo momento em que Dustin passa vergonha e se sente deslocado no jantar de casamento de sua filha, Emma também se sente deslocada no seu encontro arranjado.
Depois da cena do táxi, do momento em que ele começa a caçá-la pela cidade esquecendo o seu trabalho para sempre, eu acabei amando o filme.
Como eu já disse, o filme é bobo, com uma história boba. Mas os atores fazem você se encantar com toda aquela bobeira, e você acaba acreditando, na última cena, que você também pode encontrar o amor da sua vida de uma hora para a outra. É...eu desliguei e televisão pensando que realmente, "Tinha que ser você".

Um comentário:

  1. Incrível como você escreve bem e sabe se expressar. Escreve de uma forma um tanto quanto... encantadora e aí é difícil dizer se me interessei em ver o filme porque realmente parece valer a pena ou se me perdi em suas palavras que me fizeram querer ver o filme. Esse eu realmente não vi e não posso opinar, não sou muito fã de romances, mas confesso que, quando vejo um, desde que seja bom, eu me envolvo na história. Acho que sou assim com qualquer filme ou série e, de certo modo, isso é bom, nos transporta pra outra realidade. Enfim, é ótimo saber que existem pessoas como você, que tem certa paixão por filmes, que sabe interpretá-los e, mais do que tudo, sabe expressar-se sobre eles.

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