terça-feira, 25 de maio de 2010

A morte é, a vida está para ser.

Não acredito em destino, mas que ele existe, existe.

Quando percebemos que o futuro é só uma releitura do passado é que começamos a entender o sistema do fazer-destino.

A gente só escolhe uma vez na vida, e essa escolha que vai dando voltas, vai se distorcendo até formar uma cadeia.

A cadeia de transfiguração da escolha faz a gente pensar que estamos escolhendo toda hora. Balela.

Não sei quem nos fez nem quem nos faz, mas sei que esta se divertindo à beça com o resultado.

A única coisa que escolhemos é: Nos rebelarmos contra o nosso criador ou aceitar a sina?

Nosso criador é esperto e fez a gente para que pudessemos ter preguiça, por isso não há revolta.

Mesmo tendo a opção de escolher uma vez só, escolhemos aquilo que nos é imposto.

Somos cachorrinhos que acreditam nas escolhas e no destino.

Nem escolha nem destino podem existir.

Só existe aquilo que não podemos definir, e a graça do não existir das coisas está aí.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

E ele, que na verdade sou eu, dizia aos seus amigos o quanto ficava feliz em saber que nunca iria conhecer seu duplo. A felicidade de saber que não saberia do outro vinha da certeza de que se esse encontro acontecesse um dos dois morreria. E foi assim que aconteceu. Ele, que na verdade sou eu, morreu.
Eu
Já não
Posso mais
Acreditar
Na fuga de mim
Já que você sempre
Insiste em me achar
Mas foi só agora que eu percebi como é difícil ser o criador desse amor que sinto. O problema daqueles que criam é quando suas obras se rebelam contra eles.

Partida

Parti uma vez
Você me
Pegou de volta

Cantares que vem do passado



Eu tava por ali mais uma vez sem saber como agir. É que sempre foi assim com agente: Ele avançava um pouco, eu cedia, ele voltava, eu me entristecia. Acho que esse sistema infinito sempre me deixou cansado e por isso que eu sempre, em algum momento, resolvia avançar aquele limite que ele me apresentava.
Não reclamo, mas de forma alguma, de ter que tomar certas atitudes, de ter que cuidar, me importar, perguntar e tentar resolver algumas coisas entre nós. Acontece que hoje percebo que isso foi me deixando mais fraquinho, quase doente. É que o amor "faz eu pensar em você e esquecer de mim". Esse esquecer-de-mim-para-lembra-de-você foi fazendo que eu ignorasse meus problemas para tentar resolver os dele. Tomar as dores do outro sempre foi o meu forte. Os problemas que eu cismava em ignorar uma hora iriam surgir, mesmo que eu ignorasse por trinta anos. Apareceram.
As dificuldades que eu guardei na caixinha um tempo atrás voltaram junto com a sombra do passado dele. Aquele passado que chama você pra voltar, aquele que não foi resolvido e te come por dentro, aquele que estava meio inquieto esperando para ser esquecido. O passado dele veio com força, e a confusão que a cegueira das sombras do passado causaram, deixaram ele confuso quanto ao seu presente e o seu futuro.
As cartas um dia me disseram que eu terei felicidade se esquecer algumas dificuldades. Não sei de que dificuldades elas falam. Podem ser as pedras que estão no meu caminho até ele, talvez sejam as dificuldades de ter a atenção dele. Não importa que dificuldade seja, não importa se isso se tornará uma verdade. Importa agora o fato de que eu, mesmo fraquinho e doente, vou enfrentar essas dificuldades inúteis.
Vou enfrentar as dificuldades por não ter outra coisa melhor para fazer. Vou enfrentar meus problemas por precisar saber, no futuro, que eu tentei agora. Mesmo que eu seja alvo de piadas ou nojo, mais logo a frente, eu não irei me arrepender dessa decisão de agora. Tenho certeza.
Pode ser que lá pelas tantas eu não suporte mais sustentar os meus defeitos e a preocupação com os problemas dele. Talvez eu morra tentando. Talvez eu morra amanhã. Mas é melhor morrer no jogo, fazendo papel de burro, do que recusar as cartas sem nem tentar um 21.

domingo, 23 de maio de 2010

A verdade é que sempre tem um que se mete dizendo que ele quem deveria me proteger, ele quem deveria tomar iniciativas. Esse jogo de decidir deveres acaba me cansando demais, perco a pouca paciência que resolveram deixar em mim. Acontece que eu não consigo esperar por muito tempo que algo parta dele. Se eu posso fazer, e isso ajuda a situação, então eu faço.
O que passou a me importar é o fato de saber que ele esta rindo, e foda-se se ele ri de mim ou comigo. Ele esta rindo não está? É que "felicidade se acha em horinhas de descuido" e eu me esforço para achar essas horinhas, não me importando como elas vão se manifestar.
Eu acho que só consegui perceber que é estupidamente bom ver aquela carinha babona de criança feliz quando ele se enrodilhou por conta própria nos meus braços, certa vez. Foi engraçado porque eu consegui ver com clareza que aqueles olhos que no sol se mostram frios e distantes de tudo e todos, na escuridão do carinho se mostra frágil e carente.
Os olhos sempre foram para mim a parte do corpo que eu mais gostei, porque são os únicos do corpo humano que sorriem junto com a boca, e até mesmo sem ela. Os olhos não são as janelas da alma, são as janelas de nós. Nunca esta trancada. As vezes pode estar apenas suja, mas nada como decidir limpá-las para descobrir como é bom ver o sorriso do outro.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Visitem o site de Literatura Infantil e Juvenil da Faculdade de Letras da UFRJ: lindo e cheio de informações maravilhosas sobre o VI Encontro de Literatura e outras coisas mais. http://www.literaturainfantilejuvenil.com.br/

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Morte



Não
Vivi
Inteiro
O mais curto
Inexplicável
Derradeiro dia
Houve um imprevisto


Celia Leitão

quinta-feira, 13 de maio de 2010


O verdadeiro observador

Homenagem às putas

sábado, 8 de maio de 2010

Dormir é fugir
Daquilo
Que nos desperta

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Eu pensei em dizer o quanto me deixava eufórico ter as mãos dele; mas talvez ele não gostasse. Pensei em dizer que estava enfrentando meus princípios estando alí com ele; mas talvez ele fosse embora. Pensei muitas coisas e não disse nada, tudo por medo de perder aquele beijo. Só ele que pensou, e disse que o tinha pensado, bem no momento em que eu avisei que precisava ir. Ele disse: "Não! Fica", e eu fiquei.

Por causa dele...

quinta-feira, 6 de maio de 2010




Essa é para ele...Só espero que você entenda que: "Você é meu rio/ E eu pedra de rio"
Risos são armas
De cortar
O silêncio