terça-feira, 3 de agosto de 2010

Saudar a saudade.

A pior saudade é aquela dos tempos em que não vivemos. Sentir aquela coisinha revirar dentro da gente com imagens que não são nossas, com emoções que não vivemos. Uma realidade fingida que é mais dolorida por não ser feita do real convencional.
Queria ser de muitas vidas e de muitos passados. As vezes, sempre as vezes, o real que eu vivo não consegue suprir as saudades que eu carrego no peito.
Queria ser um Croquette. Já pensei em ser amigo de Chanel. Quis, um dia, nascer ao lado de Van Gogh. Não para saber como era a época e nem para conhecer as personalidades de lá. Mas só para saber o que os meus sentires de hoje sentiriam naquele momento. Se o meu viver suportaria guardar todas as lembranças que o mundo guarda. Se eu conseguiria me desafiar e me desprender um pouco de mim. Para ver se sendo menos eu, ainda existiria vida.

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