domingo, 14 de março de 2010

“Pagando bem que mal tem?”

Sinto uma enorme necessidade em discutir esse assunto sempre que posso. E acho que mesmo que o assunto se apresente como uma besteira creio que a importância de uma discussão como essa, é enorme.

No mundo de hoje ficamos perdidos no meio de milhões de informações e muitas vezes não temos tempo para analisar e digerir a bateria de novidades que recebemos todo dia. E é aí que mora o problema. Ouvimos música, lemos artigos, assistimos espetáculos. E tudo isso que fazemos se torna tão descartável que no dia seguinte já estamos fazendo o mesmo circuito. E nessa correria não paramos para pensar se o que ouvimos, lemos ou assistimos é bom. Será que perdemos o nosso senso crítico?

As coisas ficaram mais difíceis de serem classificadas como boas ou ruins. Os artistas e outros “fabricantes” de informação já não se importam mais em produzir o que eles acham bom, o que eles acham que o povo precisa. A produção hoje é voltada para o que a maioria quer, e o que ela quer dá dinheiro, muito dinheiro.

Claro que existem artistas que realmente só conseguem produzir besteiras e não enganam ninguém, são o que eles são; uma droga, mas são. Mas e os que sabem das coisas? E aqueles que são inteligentes e produzem pelo dinheiro? O que é melhor? Fazer o que gosta e correr o risco de não ganhar dinheiro, ou fazer o que se pede e ganhar muito dinheiro?

Será que não é muito estranho sairmos de um período tão maravilhoso como a Tropicália, que lutava pela liberdade de expressão e pela inovação da arte?

Prêmio jabuti, Oscar, Prêmio Barco a vapor, Academia Brasileira de Letras, Prêmio Marcantonio Vilaça, Prêmio Molière. Será que todos esses prêmios e prestígios estão sendo destinados às pessoas que realmente merecem recebê-los?


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