Imaginário religioso
O Brasil é um país com uma enorme diversidade cultural. E mesmo com a grande quantidade de preconceitos, as crenças e as tradições populares continuam vivas. Dividimos o espaço com a Umbanda, o Candomblé, o Catolicismo, o Judaísmo, e muitas outras religiões que colorem a nossa bandeira. Mas e o que fazemos com as simpatias, lendas e mitos do nosso povo? Será que isso não faz parte da crença do nosso povo, tanto quanto as religiões?
Porque aí entra uma questão complicada, que seria a definição de uma religião. Não se pode dizer que para ser religião é necessário um grande número de praticantes, porque o Rastafári é algo pouco conhecido mas não deixa de ser considerado como religião. Também não podemos dizer que uma religião precisa de um guia e/ou um livro sagrado, já que na Umbanda e no Candomblé não tem nada disso. O que define a prática de uma crença como religião?
No filme “Estamira” eu ouvi uma frase maravilhosa que diz: “Tudo que é imaginário, tem, existe, é”. E é interessante pensar por esse lado: Será que todo imaginário popular tem um fundo de verdade? Sim, porque seria muita arrogância dizer que lobisomens, sacis e curupiras não existem, só pelo fato de não termos visto. Porque também não vimos Deus, não vimos Oxalá, nem Durga, nem qualquer outra entidade existente nas religiões. E mesmo assim o povo acredita em tudo isso, e faz suas oferendas, promessas, rezas, da mesma forma que uma senhora que acredita em saci faz as suas simpatias. Ser chamado de imaginário popular, e não de religião, desmerece de alguma forma certas crenças?
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