sábado, 18 de dezembro de 2010

Em 19/11/2009 02:14, Luiz Henrique da Costa <> escreveu:


Lulo, meu amor,

vi o recado e o depoimento que deixou pra mim no Orkut, mas quis responder por e-mail pra não deixar à vista de todo mundo. E estou respondendo com cópia pro Milo porque o que tenho a dizer vale pra os dois.

Não sei como fazer pra dar uma idéia do tamanho da saudade que sinto de vocês. Não é uma saudade só de ver, é de viver com vocês, de ver todo dia, o dia todo; de saber como foram na escola, na brincadeira, no passeio; é saudade de ir à escola com vocês, de levar, de ir buscar, de passear junto, até de brigar de vez em quando; é saudade de ver vocês crescendo, de ver que iam crescendo junto de mim e que eu ia envelhecendo sendo seu pai; saudade de contar histórias à noite, de ler pra vocês e de brincar com vocês antes de dormirem; saudade de fazer comidinhas, de preparar lanchinhos básicos, de cantarmos juntos, de poder mostrar discos e canções pra vocês; é saudade de tudo. Amo vocês mais do que tudo e mais do que todos no mundo, e sempre foi muito doído ir até aí pra ficar só um pouquinho. Doía muito, mas eu ia assim mesmo, e dava um jeito de disfarçar a tristeza na hora de vir embora. Mas ultimamente ficou pior. Começou a ficar mais difícil disfarçar a tristeza e a insatisfação com a distância entre nós, e algumas coisas entre mim e sua mãe começaram a ficar ainda mais difíceis do que já eram. Daí que eu sumi por um tempo. E acho que vou continuar sumido enquanto as coisas não melhorarem, enquanto eu não me sentir melhor, enquanto eu não puder, pelo menos, ter um lugar onde ficar quando estiver no Rio -- um lugar onde eu possa ficar com vocês, se quiserem, se puderem ficar comigo.

Mas meu sumiço não é falta de amor, não, viu? Não é mesmo. Muito pelo contrário.

Beijo,

Luiz Henrique da Costa

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