quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

A morte não tem pressa e nem é urgente. Sabe ela que tudo tem sua hora e que ninguém morre de véspera.
Mas meu pai quis ir logo. A morte se sentiu um pouco sem graça de alguém afrontá-la daquela forma, mas, não discutiu e aceitou o pedido dele.
É que a morte percebeu que era um sacrifício, um de amor, algo grande mesmo. Ela percebeu que ele queria ir para que seu filho pudesse começar a conhecê-lo; coisa que com ele vivo seria impossível, já que ele teimava em se esconder sem querer.
A morte levou o pedido do meu pai bem a sério, e percebeu, já faz um tempo, que no fundo, no fundo, estava na hora dele ir.

Nenhum comentário:

Postar um comentário