sábado, 18 de dezembro de 2010

No momento em que escrevo isso as lágrimas cismam em me atrapalhar e não consigo pensar direito no que responder...

Apesar de muitas brigas e de todo o afastamento eu não consigo parar de pensar em você e de lembrar das vezes em que eu pedia para sairmos só nós dois para passear. Não consigo deixar de lembrar de algumas noites que ficavamos discutindo sobre tudo, letras de música, política, história. E choro ainda mais quando lembro que o homem que eu adimiro tanto e sempre quis ser, está longe de mim. Aquele homem que me fazia sorrir igual a um bobo, porque sabia de todos os segredos que a vida me escondia.

Não quero pensar em você como alguém ausente, como alguém distante, porque eu entendo os seus motivos e sei que no momento é melhor assim. Fico triste muitas vezes em saber que meu pai está sozinho e me vem uma vontade louca de sair correndo e ficar com ele. Não podia fazer isso, mas agora eu posso.

Eu ainda vejo os dias em que você brigava comigo, os dias em que você e o Ângelo me sacaneavam, o dia em que a gente tomava café juntos... Você é o homem que me ensinou a gostar de Caetano, Elza, Bethânia. O homem que me apresentou a esses deuses. E eu não posso ouvi-los sem lembrar de você, sem lembrar do "homem velho".

Não quero que isso seja assim, não precisa ser assim. Logo que eu resolver e fechar as minhas notas eu dou uma passada por aí.

Por favor, mande notícias.

Muitos beijos e abraços do seu filho que te ama muito, muito, muito.

Camilo Martins

PS: Não vou reler para corrigir os erros, se não eu choro de novo.

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