quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Seu Olhar

Seu Olhar

Foi na madugrada fria
que reparei:
do incêndio, da alegria,
eu já não sei.

Madrugada, ainda há fumaça,
cinzas no ar-
e um vazio no seu olhar!

Madrugada, e em todo canto
mostra-se a dor:
essa luz que invade a sala
é o fim do amor.

Madrugada, e, mesmo agora,
queria ver
o segredo que eu sabia
ver em você

Esse espelho que não quebra,
pra nosso azar,
só guardou a madrugada
desse lugar

Sei da hora, é madrugada
mas quis cantar
o abandono, o silêncio
do seu olhar.

Luiz Henrique da Costa

Nenhum comentário:

Postar um comentário