No caminho que leva à loja de doces
Um menino caminha chutando pedrinhas.
Sabe bem da grandeza do caminho
E bem por isso caminha sozinho.
Enquanto as pedras chutadas forçam lembranças,
De um passado-futuro,
O menino se adimira e se cansa,
Com as imagens do presente no escuro.
Próximo ao meio do fim do caminho
O pequeno já não se vê sozinho.
Segue ladeado por outros pequenos
Que assim como ele
Também são meninos.
Quando chega à porta da loja,
Nossa criança se excita e se toca:
Que suas lembranças já estão quase mortas,
E seus doces açúcares estão caminhando
(também sozinhos)
Por outra estrada torta.
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